Na tarde de segunda-feira, 12, a Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE) deu um importante passo ao distribuir absorventes higiênicos gratuitamente nas escolas Serafim da Silva Salgado, Marina Vicente Gomes e Heloísa Mourão Marques, localizadas na região da Baixada em Rio Branco. Esta iniciativa visa combater a pobreza menstrual nas instituições de ensino do estado, garantindo que alunas da rede pública tenham acesso a produtos de higiene essenciais.
A ação decorre do Projeto de Lei n° 99/2019, proposto pelo deputado estadual Chico Viga, que busca fornecer assistência menstrual e promover a dignidade das estudantes. Foram adquiridos 285.593 pacotes de absorventes, cada um com oito unidades, totalizando R$ 568.330,07. Esses produtos serão distribuídos em 609 escolas do estado, incluindo áreas urbanas, rurais e indígenas. Nas escolas Serafim da Silva Salgado, Marina Vicente Gomes e Heloísa Mourão Marques foram entregues 4 caixas e 58 pacotes de absorventes cada.
A aluna do 7º ano, Elisa Nogueira de Araújo, de 13 anos, destacou a importância do programa: “É bom para quem não está preparada e não trouxe na bolsa. Eu já vi meninas pegando e também já precisei. É um programa muito importante para a escola e para as alunas.”
O professor Edson Viana da Silva, gestor da escola Marina Vicente Gomes, também ressaltou a relevância da distribuição: “A entrega desse material é fundamental, especialmente na nossa região. Muitas pessoas não têm condições financeiras para adquirir esses itens essenciais. O governo oferecendo isso traz dignidade e inclusão. Temos cerca de 500 meninas matriculadas, e qualquer medida para garantir que elas permaneçam na escola é essencial.”
A política estadual de distribuição de absorventes está alinhada com um estudo do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado em maio de 2021. O estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos” revelou a falta de acesso a itens básicos de cuidados menstruais em escolas, afetando milhões de meninas no país.