Os três senadores acreanos comentaram a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado em 2022. Alan Rick e Márcio Bittar, ambos do União Brasil, se manifestaram contra a denúncia, enquanto Sérgio Petecão (PSD) afirmou que soubera do caso pela imprensa, mas que confiava na Justiça.
No total, 34 pessoas foram denunciadas. O documento acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa que tentou enfraquecer a democracia e tinha um “projeto autoritário de poder”. Alan Rick, ao se manifestar sobre o caso, disse que era contra a denúncia por considerar um “desvio claro de garantias processuais”.
“Sou totalmente contrário à denúncia. O processo nasceu com um desvio de garantias processuais. O ex-presidente Bolsonaro, por não estar mais no cargo, perdeu o foro privilegiado, então, por que o caso ainda está no STF? O entendimento anterior era de que ao deixar o cargo o foro cessava. Agora, isso muda?”, questionou Rick. Ele também destacou que a denúncia carece de provas substanciais sobre a participação direta de Bolsonaro na tentativa de golpe.
O senador Márcio Bittar, por meio de vídeos nas redes sociais, afirmou que a decisão da PGR era esperada e acusou ministros do STF e a PGR de insistirem em uma narrativa de golpe. “O sistema não aceita Bolsonaro, que se elegeu presidente sem corrupção, enfrentou pandemia e guerra, e entregou o país melhor do que recebeu”, destacou, reforçando que ele e outros políticos não aceitarão que o ex-presidente seja excluído do processo eleitoral.
Por fim, Sérgio Petecão, embora tenha dito que não acompanhou de perto o caso, afirmou que confiava na Justiça. “Decisão judicial se cumpre. Se alguém se sentir prejudicado, deve procurar a Justiça”, afirmou, deixando claro que não tomaria partido no assunto, mas respeitaria o processo judicial.