Flávia Alessandra do Site Amazônia Agora
O deputado estadual Adailton Cruz (PSB) confirmou nesta terça-feira, 8, que os servidores da saúde no Acre irão paralisar as atividades a partir do dia 5 de agosto, caso o governo do Estado não envie o novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) à Assembleia Legislativa até o dia 30 de julho.
De acordo com o parlamentar, a decisão foi tomada em conjunto pelos sindicatos da categoria, que já deram início aos trâmites legais da greve, com concentração marcada em frente ao prédio da Aleac. A paralisação poderá ser por tempo indeterminado, a depender da resposta do Executivo.
“A categoria está cansada de esperar. O plano está travado na Sesacre, precisa de correções na tabela dos especialistas e dos estudos de impacto econômico e previdenciário. O governo quer deixar para setembro, mas os trabalhadores já esperam há 25 anos. Não dá mais”, afirmou Cruz.
Além da cobrança pelo PCCR, o deputado voltou a denunciar a precariedade das unidades de saúde no estado, citando o caso do recém-nascido queimado durante um banho na maternidade de Cruzeiro do Sul. Segundo ele, a falta de estrutura contribuiu para o incidente.
“Não tinha termômetro, nem aquecedor. A profissional pode até ter cometido erro, mas a responsabilidade também é da Sesacre, que não garante o básico para o atendimento seguro”, criticou.
Adailton também anunciou a apresentação de uma emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que prevê a criação de um adicional de saúde para servidores aposentados. O benefício, segundo ele, será uma diretriz importante para garantir mais dignidade àqueles que dedicaram a vida ao serviço público.
“Quem se aposenta acaba sendo esquecido, ainda mais na saúde, onde muitos enfrentam doenças e vivem com salários defasados. Com essa emenda, queremos garantir um incentivo específico para esse público. É o início de um caminho que pode se concretizar na LOA”, destacou o parlamentar.
A expectativa agora é que o governo se manifeste nos próximos dias e que o impasse em torno do PCCR seja resolvido antes da deflagração da greve.