A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) emitiu uma nota pública nesta terça-feira, 6, se posicionando oficialmente sobre a greve anunciada pelos médicos da rede pública estadual. A paralisação, programada para a próxima sexta-feira, 9, foi decidida em uma assembleia-geral extraordinária convocada pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) na noite de segunda-feira, 5.
A mobilização afetará os atendimentos ambulatoriais e as cirurgias eletivas, mas os serviços de urgência e emergência continuarão funcionando.
Na nota, assinada pelo secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, o governo ressalta que respeita o direito constitucional à greve, mas expressa preocupação com os impactos da paralisação no atual cenário epidemiológico do estado. A nota destaca o aumento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), especialmente entre crianças, e afirma que o momento não é adequado para ações que possam prejudicar o atendimento à população mais vulnerável.
“A Secretaria de Saúde reforça que não é o momento para paralisações que coloquem vidas em risco”, diz o texto, que também enfatiza que as principais reivindicações da categoria médica estão sendo atendidas. Dentre os avanços mencionados estão a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), o pagamento de verbas retroativas, como o auxílio-alimentação, adicional de insalubridade e gratificações de urgência e emergência, além da substituição da diretoria assistencial da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Segundo Distrito.
A Sesacre também afirmou que continua aberta ao diálogo com os profissionais de saúde. “Reafirmamos nosso compromisso com os profissionais e, sobretudo, com a vida dos acreanos”, conclui o secretário.
A greve foi decretada após os médicos exigirem gratificações e o pagamento de plantões extras. Segundo o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, a categoria optou pela paralisação e só retornará ao trabalho após o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo.