Fabiano Azevedo do Site Amazônia Agora
Celebrada neste 18 de abril por católicos ao redor do mundo, a Sexta-feira da Paixão é um dos momentos mais intensos e simbólicos da Semana Santa. A data recorda a morte de Jesus Cristo na cruz e é vivida como um dia de profundo silêncio, oração e jejum, em memória do sacrifício que, segundo a fé cristã, trouxe a salvação à humanidade.
Em Rio Branco, o reitor da Catedral Nossa Senhora de Nazaré, padre Manoel Costa, destaca que a Sexta-feira da Paixão integra o Tríduo Pascal — conjunto de celebrações que se inicia na Quinta-feira Santa e culmina com a ressurreição de Cristo, no Domingo de Páscoa.
“Na Sexta-feira Santa, celebramos a Paixão do Senhor. Neste dia, a Igreja não realiza missa. Às três horas da tarde, na hora em que Jesus morreu na cruz, ocorre a Celebração da Paixão”, explica o sacerdote.
A cerimônia possui um caráter sóbrio, marcado pela ausência de instrumentos musicais e por momentos de profundo silêncio e introspecção. É um tempo de espiritualidade intensa, no qual os fiéis são convidados a meditar sobre o caminho de dor percorrido por Cristo até o Calvário.
Durante a celebração, também é realizada a Via Sacra, que rememora os mistérios da paixão de Cristo em 14 estações, da condenação até a crucificação. “Durante a Via Sacra, meditamos o sofrimento de Jesus carregando a sua cruz. Essa devoção é vivida com intensidade na grande procissão que ocorre após a celebração da tarde”, relata padre Manoel.
Em Rio Branco, a programação começa às 15h, com a Celebração da Paixão na Catedral. Logo após, às 17h, os fiéis participam da tradicional Procissão do Cristo Morto, que este ano terá um novo trajeto: a caminhada partirá da Catedral e seguirá até a Concha Acústica, no Parque da Maternidade — diferente dos anos anteriores, quando o destino era o Palácio do Governo.
No local, o grupo Totus Tuus apresentará uma encenação teatral da Paixão de Cristo, encerrando o dia com uma representação artística do sofrimento e da entrega de Jesus.
Mais do que uma data religiosa, a Sexta-feira da Paixão é, para os católicos, um convite à renovação da fé, à prática do amor ao próximo e à reflexão sobre o exemplo de compaixão e entrega deixado por Cristo.