Tamanho, frequência e facilidade: especialista analisa mitos e verdades sobre a satisfação das mulheres entre quatro paredes
O sexo é um dos grandes tabus sociais e culturais ao redor do mundo. A controvérsia em torno do tema é ainda maior para as mulheres. E, como todo tabu, o assunto é cercado por mitos e questionamentos comuns.
Essas dúvidas comuns muitas vezes atrapalham e muito a vida sexual, sobretudo do público feminino. De acordo com o médico sexologista e terapeuta sexual João Borzino, essas crenças populares geram inseguranças, expectativas irreais e até mesmo problemas de saúde.
Para o especialista, a discussão aberta sobre o assunto traz mais liberdade para vivenciar a sexualidade com saúde. Ele defende que o sexo não deve ser um campo de inseguranças e frustrações: “Sim de descoberta, intimidade e conexão”.
Pensando nisso, Borzino lista 6 grandes mitos que cercam o prazer feminino, desmistificando-os e oferecendo um olhar mais realista sobre essas questões.
1. Tamanho importa?
O debate já é quase que um clássico. Para alguns, é tratado como verdade absoluta. No entanto, não é bem assim. Estudos demonstram que a maioria das mulheres prioriza aspectos como conexão emocional e habilidades na cama, ao invés de centímetros extras.
Uma pesquisa da Universidade da Califórnia apontou que apenas 21% das mulheres consideram o tamanho como fator determinante para o prazer. Técnica, química e comunicação ocupam lugares mais importantes na lista.
2. Mulher não gosta tanto de sexo quanto o homem
Esse é um dos mitos mais antigos e prejudiciais. Mulheres gostam de sexo, sim – e muito! Porém, a repressão social as ensinou a não expressar seus desejos, como explica o sexologista.
Segundo um estudo do Instituto Kinsey, as mulheres sentem tanto desejo quanto os homens, mas muitas vezes são condicionadas a reprimi-lo. “A liberdade sexual feminina não só existe como deve ser estimulada e respeitada”, acrescenta.
3. Homens estão sempre prontos para o sexo
O homem é uma máquina de desejo ininterrupto? Longe disso. E essa estigma pode causar uma pressão prejudicial para eles. Disfunção erétil, estresse e até depressão podem ser consequências dessa expectativa irreal.
De acordo com a Sociedade Internacional de Medicina Sexual, cerca de 40% dos homens apresentam algum nível de disfunção erétil ao longo da vida. Segundo Borzino, muitas dessas ocorrências estão ligadas ao psicológico e ao excesso de cobrança.
4.Orgasmo feminino é complicado e raro
O especialista classifica este mito como “machista e desinformado”. Ao contrário do imaginário de algumas pessoas, o orgasmo feminino não é um enigma indecifrável – ele apenas exige o devido estímulo.