Tragédia na BR-364: Áudio vazado pode indicar desespero antes da tragédia

A quinta-feira (26) terminou em tragédia no interior do Acre. O empresário e diácono Marcelo Pinheiro da Silva, de 50 anos, perdeu a vida em um grave acidente no km 90 da BR-364, no município de Acrelândia. Ele dirigia um Fiat Strada que bateu de frente com uma carreta e acabou pegando fogo. O corpo de Marcelo foi encontrado parcialmente carbonizado e mutilado, com partes espalhadas por cerca de 180 metros da pista.

Dono de uma loja de tintas e membro ativo da Congregação Cristã no Brasil, Marcelo seguia no sentido Rio Branco/Porto Velho quando, segundo testemunhas, tentou invadir a pista contrária, recuou e, logo em seguida, jogou o carro bruscamente na direção da carreta que vinha no sentido oposto. A colisão foi inevitável.

Com o impacto, a carreta perdeu o controle, derrubou parte do guard-rail e o Fiat Strada foi totalmente destruído pelas chamas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Marcelo já estava morto quando os socorristas chegaram.

Boato de segunda vítima é descartado

Logo após o acidente, surgiram boatos de que Marcelo estaria acompanhado, mas a Polícia Técnico-Científica confirmou que ele estava sozinho no veículo no momento da tragédia. Apenas restos mortais dele foram encontrados na área do acidente.

Áudio vazado pode indicar desespero antes da tragédia

Um áudio que circula nas redes sociais pode ajudar a entender o que levou Marcelo a tomar a atitude que resultou na colisão. Na gravação, ele conversa com um empresário conhecido como “Tampinha”, do ramo alimentício, e revela dificuldades financeiras. Marcelo fala sobre um acordo comercial envolvendo a venda de uma usina de energia solar por R$ 80 mil e diz estar arrependido de não conseguir honrar os compromissos. Ele garante que sua esposa resolveria a pendência.

A voz foi confirmada como sendo de Marcelo por pessoas próximas à família.

PRF e Polícia Civil apuram detalhes

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) isolou a área para os trabalhos periciais e acionou o Instituto Médico Legal (IML) para a remoção do corpo. O motorista da carreta foi levado à delegacia para prestar depoimento. O teste do bafômetro feito nele deu negativo.

A Polícia Civil de Acrelândia abriu um inquérito para investigar o caso, incluindo a possibilidade de o acidente ter sido provocado de forma intencional.

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