Fabiano Azevedo – Site Amazônia Agora
O que era para ser um dia de renovação e paz acabou em sangue, dor e revolta em Tailândia, no nordeste do Pará. Na tarde do domingo de Páscoa (20), a celebração de Raimunda — uma mulher conhecida e querida no bairro Cidade de Deus — terminou de forma brutal pelas mãos de quem ela mais confiava: o próprio companheiro, Jonh Clésio.
O casal, que mantinha um pequeno negócio de venda de espetinhos, comemorava o fim da Quaresma com bebidas e conversas em casa. Mas o clima festivo se transformou em horror quando uma discussão — ainda sem motivos oficialmente esclarecidos — tomou proporções violentas.
Em um acesso de fúria, Jonh Clésio foi até a cozinha e pegou a faca mais afiada que encontrou. Sem qualquer chance de defesa, Raimunda foi golpeada diversas vezes no pescoço e caiu sem vida, deixando a casa mergulhada em sangue e desespero.
Após o crime, o assassino fugiu do local e segue foragido até o momento. Vizinhos, consternados, contaram à polícia que a relação já era marcada por episódios de agressão. Em uma das ocasiões, Jonh chegou a ser preso, mas Raimunda retirou a denúncia, como infelizmente ocorre em muitos casos de violência doméstica.
O corpo da vítima foi removido por uma funerária da cidade e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos legais. A Polícia Civil investiga o caso e faz buscas para localizar o suspeito.
Mais do que um crime, o assassinato de Raimunda expõe mais uma vez a triste realidade da violência contra a mulher, que não escolhe data, lugar ou classe social — nem mesmo a Páscoa foi capaz de impedir tamanha brutalidade.