Trump diz que Ucrânia e Rússia fizeram ‘grande’ troca de prisioneiros de guerra


Ucrânia e Rússia disseram ter trocado 270 prisioneiros de guerra e 120 civis cada nesta sexta (23), em 1ª etapa da maior troca do conflito, em que 1.000 prisioneiros de cada país devem ser libertados. Prisioneiros de guerra ucranianos posam para foto após serem libertados em troca entre Ucrânia e Rússia em 23 de maio de 2025.
Divulgação/Presidência da Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (23) que uma “grande” troca de prisioneiros de guerra foi concluída entre a Rússia e a Ucrânia.
Horas depois, o ministério da Defesa russo e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmaram ter trocado 270 prisioneiros de guerra e 120 civis —ou seja, 390 russos e 390 ucranianos foram libertados.
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Os países, em guerra desde fevereiro de 2022, concordaram em negociações diretas em Istambul a libertação de mil prisioneiros cada, o que seria a maior troca desde o início da guerra.
“Hoje — 390 pessoas. No sábado e no domingo, esperamos que a troca continue. (…) Esse acordo foi alcançado durante a reunião na Turquia, e é fundamental que ele seja implementado integralmente”, afirmou Zelensky.
A troca de foi acordada no início do mês, em negociações diretas em Istambul, durante a primeira rodada de negociações diretas entre Rússia e Ucrânia em mais de três anos.
Zelensky afirmou que a troca desta sexta-feira é “a primeira etapa” da troca “1.000 por 1.000”, acordada entre os países. A Defesa russa também confirmou que a troca continuará nos próximos dias.
Prisioneiros de guerra ucranianos libertados em troca entre Ucrânia e Rússia em 23 de maio de 2025.
Divulgação/Presidência da Ucrânia
“Uma grande troca de prisioneiros acaba de ser concluída entre a Rússia e a Ucrânia. Ela entrará em vigor em breve. Parabéns aos dois lados por essa negociação. Isso pode levar a algo grande???”, escreveu Trump em sua rede social Truth Social.
Os rivais finalizavam detalhes da troca até esta quinta-feira, quando um representante da inteligência militar ucraniana afirmou à Reuters que o país havia submetido à Rússia uma lista com mil prisioneiros de guerra, em preparação para uma troca de larga escala com o rival.
Trocas desse tipo, delicadas entre países em guerra, costumam ser mantidas em sigilo até que sejam concluídas, o que pode levar horas. Rússia e Ucrânia já realizaram outras trocas de prisioneiros de guerra desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, quando tropas russas invadiram o território ucraniano.
“Temos a confirmação de que quase 10 mil pessoas estão em cativeiro na Rússia”, declarou em abril o comissário ucraniano para as pessoas desaparecidas, Artur Dobroserdov.
A Rússia divulga poucas informações sobre o destino dos ucranianos mantidos em cativeiro e cada troca é marcada por surpresas, declarou à agência de notícias AFP um funcionário ucraniano de alto escalão que pediu anonimato.
Guerra da Ucrânia
Imagem de 2021 mostra veículos militares russos na fronteira com a Ucrânia.
Jornal Nacional/ Reprodução
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, afirmou nesta sexta-feira (23) que um documento base para um cessar-fogo na guerra da Ucrânia está com estágio “avançado”. O memorando deveria ser elaborado conjuntamente por Rússia e Ucrânia, mas os russos estão fazendo uma versão e a entregarão aos ucranianos, segundo Lavrov.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na quinta-feira a criação de uma zona-tampão ao longo da fronteira com a Ucrânia, a primeira desde o início da guerra.
A zona-tampão, anunciada por Putin, ao longo da fronteira com a Ucrânia será a primeira zona desmilitarizada da região desde o início da guerra entre os dois países, há mais de três anos.
“Foi tomada a decisão de criar uma zona de segurança ao longo da fronteira entre a Rússia e a Ucrânia. As Forças Armadas russas estão atualmente abordando essa questão”, disse Putin, segundo a Tass.
Uma zona-tampão é uma área estabelecida normalmente por dois países em guerra na fronteira ou em regiões de combate para ficar desmilitarizada. Em geral, tropas da Organização das Nações Unidas (ONU) passam a controlar a área para garantir que não haverá ataques nela.
No ano passado, a Ucrânia chegou a dizer que pretendia criar uma “zona tampão” na região fronteiriça, mas não avançou na questão. Kiev ainda não havia se manifestado sobre o anúncio da Rússia desta quinta até a última atualização desta reportagem.
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