O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que a Ucrânia e os parceiros europeus da União Europeia (UE) estão trabalhando em um novo pacote de sanções contra a Rússia, o 19º desde o início da invasão
Zelensky revelou que conversou com o presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, e que juntos discutiram a reunião extraordinária que hoje juntou por videoconferência os líderes dos 27 países do bloco comunitário e os preparativos para o 19º pacote de sanções contra Moscou.
“Falamos sobre os nossos próximos passos e sobre a preparação do novo pacote de sanções da UE, o 19º, contra a Rússia. A pressão deve ser aumentada até que a Rússia tome medidas efetivas para pôr fim à guerra”, escreveu o líder ucraniano nas redes sociais.
A partir de Lisboa, e em declarações aos jornalistas, Antonio Costa afirmou que a principal prioridade da Europa era avançar com novas sanções, seguido do reforço das capacidades militares da Ucrânia e da progressão do processo de adesão de Kiev à UE.
“Há três dimensões fundamentais, uma é reforçar a pressão sobre a Rússia, avançando na preparação do 19º pacote de sanções, de forma a garantir que mantemos a pressão para a Rússia parar a guerra e travar as mortes na Ucrânia”, destaca Antonio Costa.
No que diz respeito às garantias de segurança, um dos assuntos que esteve em destaque na segunda-feira (18), em Washington, durante uma reunião que juntou o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Zelensky e vários líderes europeus, o chefe de Estado ucraniano definiu hoje que estas devem ser “fiáveis e eficazes para a Ucrânia” e que são “a conquista mais importante” dos esforços conjuntos de todos os parceiros.
Em declarações no final da reunião extraordinária do Conselho Europeu, Costa defendeu também que reforçar as Forças Armadas da Ucrânia é a única maneira de assegurar que uma eventual paz seja duradoura.
“Quem tem os pés no terreno, quem está na linha da frente, e as bases das garantias de segurança são as Forças Armadas ucranianas”, acrescentou.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.