Cogumelo juba de leão ajuda a melhorar o foco e energia? Entenda
A modelo Gisele Bündchen contou no seu Instagram na segunda-feira (23) que tem tomado o cogumelo juba de leão e que o composto a ajuda na concentração e no aumento de energia. O post é uma ação publicitária de uma empresa de suplementos americana. Mas será que esse cogumelo pode realmente ajudar a melhorar o foco e aumentar a nossa energia?
🦁 Conhecido popularmente como juba de leão por conta da sua aparência, o Hericium erinaceus (nome científico) tem sido usado para tratar doenças e manter a saúde em dia na medicina tradicional asiática há séculos.
Estudos apontaram que ele contém substâncias com efeitos benéficos especialmente no cérebro, o que pode ajudar a tratar e proteger contra distúrbios cognitivos neurodegenerativos, como o Alzheimer.
👉 No entanto, a maior parte das pesquisas foi conduzida em animais ou em tubos de ensaio e é preciso haver mais estudos em humanos.
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A modelo brasileira Gisele Bündchen fez propaganda para uma empresa de suplementos e exaltou o cogumelo juba de leão — Foto: Reprodução/Instagram Gisele Bundchen
Um dos mais recentes, publicado no Journal of Neurochemistry em fevereiro de 2023, apontou que o composto ativo do cogumelo teve impacto significativo no crescimento das células cerebrais e na melhoria da memória.
Os pesquisadores analisaram o composto para entender os efeitos neurotróficos (de manutenção e desenvolvimento do sistema nervoso) nas células cerebrais e descobriram que os ativos promovem projeções de neurônios.
A descoberta tem aplicações que “podem tratar e proteger contra distúrbios cognitivos neurodegenerativos, como Alzheimer“.
Também no campo do cérebro, estudos em animais mostraram que o extrato de juba de leão pode ajudar a aliviar sintomas leves de ansiedade e depressão, já que o composto contribuiu para regenerar as células cerebrais e melhorar o funcionamento do hipocampo (região responsável pelo processamento de memórias e respostas emocionais).
🚨 O composto é vendido em farmácias e sites no Brasil. O g1 entrou em contato com a Anvisa para saber se há alguma orientação quanto ao uso do produto, mas não havia obtido retorno até a última atualização desta reportagem.