Aumento Alarmante de Queimadas no Acre e no Brasil em 2024
O estado do Acre tem enfrentado um cenário preocupante em relação às queimadas, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Até 31 de março deste ano, foram registrados 22 focos de queimadas, representando um aumento alarmante de 144% em comparação com o mesmo período de 2023. No entanto, há uma redução de 66% em relação aos registros de 2022, quando foram registrados 27 focos de calor.
Esses números refletem uma tendência preocupante que não se limita apenas ao Acre. Em todo o Brasil, de 1º de janeiro a 31 de março de 2024, foram contabilizados 14.571 focos de queimadas, de acordo com dados do Inpe. Essas informações são capturadas por satélites, identificando pontos geográficos com temperatura acima de 47°C e área mínima de 900 m², conforme disponibilizado na plataforma Programa Queimadas.
A diretora de Ciência do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Ane Alencar, ressalta a importância dos dados de queimadas do Inpe para embasar as decisões dos governantes. Embora não forneçam detalhes sobre o tamanho exato da área atingida, essas informações são cruciais para orientar as ações de combate aos incêndios.
“Isso tem um valor fundamental para ajudar na ação, ajudar a saber se está ocorrendo fogo e para onde está indo. São fatores fundamentais para auxiliar no combate”, destaca Alencar.
Os estados mais afetados em 2024 são Roraima e Mato Grosso. Roraima registrou 4.090 ocorrências, um aumento significativo de 310% em relação a 2023. Enquanto isso, Mato Grosso contabilizou 3.334 focos de queimadas, representando um aumento de 150% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Diante desse cenário, medidas urgentes de prevenção e combate às queimadas se fazem necessárias, visando a preservação do meio ambiente, da biodiversidade e da segurança das comunidades afetadas. A colaboração entre os governos, instituições ambientais e a sociedade civil é essencial para enfrentar esse desafio e evitar danos irreparáveis.