Skin-icing: quais os benefícios e riscos da técnica de usar gelo no rosto

Mas, afinal, o que é Skin-icing? Para explicar o que é, se há benefícios e quais os possíveis riscos, conversamos com o dermatologista Igor Manhães, da Clínica Les Peaux, para explicar tudo sobre o assunto. Confira!

Segundo o dermatologista, a técnica consiste no resfriamento da pele com aplicação de gelo ou compressas geladas. O benefício é momentâneo, mas visível. O resfriamento promove uma vasoconstrição, ou seja, redução do calibre dos vasos da pele, e um aumento da drenagem linfática local. Desta forma, aquele rosto inchado pela manhã, ou após um dia de excessos, é amenizado, e uma aparente redução dos poros também pode acontecer.

Apesar disso, a técnica não pode ser considerada como um tratamento, já que não há comprovação dos resultados. “O uso de gelo somente reduz o edema através da constrição dos vasos da face e drenagem linfática. Não existem estudos propriamente conduzidos sobre essa prática”, esclarece o médico.

Apesar de simples, a técnica requer alguns cuidados: “A aplicação direta de gelo na pele, por tempo mais prolongado, pode causar queimaduras por gelo. Uma recomendação seria usar água gelada com gelo e banhar o rosto nela, evitando o contato direto”.

“Outra opção é o famoso rolinho de skincare, que pode ser armazenado no congelador. Assim, além do componente gelado, a massagem no sentido da drenagem linfática aumenta a redução do edema da face.”

“A única contraindicação seria a urticária pelo frio, que é rara. Mas peles com lesões após algum procedimento que comprometa a barreira cutânea podem estar mais suscetíveis a queimaduras e lesões pelo frio. Peles sensíveis, como as com rosácea, também podem piorar a vermelhidão, em alguns casos”, alerta o médico.