quinta-feira, maio 9, 2024
Saúde

A relação entre a dengue e a queda capilar: entenda o caso

A dengue, uma doença conhecida por seus sintomas característicos, pode surpreender ao estar relacionada não apenas a febres altas e dores no corpo, mas também à queda de cabelo em alguns pacientes. Segundo Manuela Recoder, médica especialista em tricologia e fundadora do Instituto Mariotto Recoder, esse fenômeno é resultado de um quadro chamado eflúvio telógeno agudo, que pode ocorrer após o corpo passar por eventos de grande estresse, como infecções virais, incluindo a dengue.

“A queda de cabelo causada pela dengue pode se iniciar entre 8 a 12 semanas após a infecção pelo vírus, demonstrando a importância de medidas preventivas contra o mosquito Aedes aegypti”, alerta Manuela Recoder. Ela ressalta que esse tipo de queda capilar temporária, embora preocupante para quem a vivencia é um quadro reversível.

A relação exata entre a dengue e a queda de cabelo ainda não é completamente compreendida, conforme explica Manuela. No entanto, fatores como a resposta inflamatória desencadeada pelo vírus, o estresse emocional e físico durante a doença, e o estresse metabólico causado pela resposta do sistema imunológico podem contribuir para o desencadeamento do eflúvio telógeno.

“Durante a dengue, o corpo passa por uma resposta inflamatória que pode afetar o ciclo de crescimento do cabelo, levando à queda capilar”, esclarece a médica. “Além disso, o estresse físico e emocional associado aos sintomas da doença pode prejudicar o equilíbrio nutricional do organismo, comprometendo a saúde dos cabelos.”

É importante destacar que nem todas as pessoas afetadas pela dengue desenvolverão o eflúvio telógeno. “Se você sentir esse efeito colateral, saiba que ele é temporário e possui tratamento”, tranquiliza a médica. “A queda de cabelo causada pela dengue pode ser sentida de um a três meses após a infecção, mas também pode levar algum tempo para retornar ao ritmo normal.”

Diante disso, compreender a relação entre a dengue e a queda capilar destaca a importância não apenas da prevenção da doença, mas também do acompanhamento médico durante e após a infecção, especialmente para monitorar possíveis efeitos colaterais como esse.

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