terça-feira, abril 30, 2024
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Ministério da Saúde amplia testes para HTLV em gestantes durante Pré-Natal

O Ministério da Saúde anunciou a ampliação do uso de testes para diagnóstico do vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) na rede pública, incluindo agora gestantes durante o pré-natal.

Essa decisão segue a recomendação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), visando a redução da transmissão vertical do vírus, ou seja, de mãe para filho, durante a amamentação.

O teste, realizado por meio de exame de sangue, foi considerado eficaz e seguro pela comissão, que destacou a utilização de recursos já disponíveis, uma vez que os testes já são realizados fora do programa de triagem pré-natal.

Segundo o Ministério da Saúde, as áreas técnicas terão até 180 dias para efetivar a oferta dos testes na rede pública de saúde.

Desde fevereiro, infecções por HTLV em gestantes, parturientes, puérperas e crianças expostas ao risco de transmissão vertical passaram a ser de notificação compulsória no Brasil. Isso significa que profissionais de saúde de serviços públicos e privados devem comunicar obrigatoriamente os casos ao ministério.

O HTLV, pertencente à mesma família do HIV, foi descoberto na década de 1980 e infecta principalmente células do sistema imunológico. Está associado a doenças inflamatórias crônicas, como leucemia, linfoma de células T do adulto (ATLL) e mielopatia associada ao HTLV-1 (HAM), além de outras manifestações de menor gravidade.

O tratamento é direcionado conforme a doença associada ao HTLV, com acompanhamento nos serviços de saúde para diagnóstico e tratamento precoce.

Estima-se que mais de 800 mil pessoas estejam infectadas pelo HTLV no Brasil, com transmissão ocorrendo principalmente por relações sexuais desprotegidas e compartilhamento de seringas e agulhas. A transmissão vertical, de mãe para filho, também é possível, principalmente durante a amamentação.

O Ministério da Saúde tem como meta eliminar a transmissão vertical do HTLV até 2030, alinhado às diretrizes da OMS, da Agenda 2030 da ONU e da Opas.

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