Epidemia de dengue no Brasil: Análise dos estados com ausência e concentração de mortes

Diante da alarmante epidemia de dengue, que atingiu proporções históricas no Brasil, com mais de 3,5 milhões de casos prováveis e 1.544 óbitos registrados até o momento, chama atenção a ausência de mortes relacionadas à doença nos estados do Acre e Roraima. Enquanto o país enfrenta números preocupantes, com o ano de 2023 marcando o recorde de 1.179 óbitos e 2015 registrando a maior quantidade de casos, esses dois estados se destacam por não contabilizarem mortes causadas pela dengue.

Apesar de apresentar a 11º maior taxa de incidência da doença, o Acre registrou apenas sete casos graves e 6.103 casos prováveis de dengue desde o início do ano, com apenas um óbito em 2023. Por sua vez, Roraima detém a menor taxa de incidência do país e apenas um caso grave registrado, sem óbitos relacionados à dengue desde 2022, conforme dados da Secretaria de Saúde do estado.

Além desses dois estados, Tocantins, Rio Grande do Norte e Ceará também reportaram apenas uma morte cada desde o início do ano, totalizando cerca de 25 mil casos prováveis da doença, representando menos de 1% do total nacional.

Por outro lado, São Paulo, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro lideram as estatísticas, concentrando 72% do total de óbitos do país. O Distrito Federal destaca-se pela maior taxa de incidência de casos prováveis, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Goiás, que somam 55% do número absoluto de casos.

Entre os grupos mais afetados, a faixa etária de 20 a 29 anos registra o maior número de casos, com mais de 652 mil ocorrências, enquanto as mulheres representam a maioria dos infectados, com 55,2% dos casos. Esses dados evidenciam a urgência de medidas preventivas e de combate à dengue em todo o país.