Embora a nomenclatura seja o assunto do momento na mídia especializada e na roda de conversa de celebridades, o endolaser usa a mesma técnica já conhecida do lipolaser, aplicando-se o laser dentro da gordura.
“Considerada uma cirurgia minimamente invasiva e indicada para tratar a flacidez, proporciona um efeito lifting e estimula a produção de colágeno, contribuindo para a eliminação da gordura localizada em regiões do corpo como abdômen, coxas e braços. Trata-se de um procedimento realizado já há muito tempo e não é algo novo como tem sido divulgado na internet”, explica o cirurgião plástico Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
O especialista conta que o endolaser causa um derretimento da gordura, que pode ser aspirada. Mas também pode não aspirar essa gordura quando ela está em pequenas quantidades, sendo absorvida pelo corpo.
O endolaser causa uma lipo foto modulação, ou seja, o espectro de luz modula a gordura localizada e, dependendo da potência, pode até causar a lipólise, que é a destruição da gordura.
“A mais utilizada para o procedimento é a fibra ótica ligada ao laser de 980 nanômetros, que é aplicado abaixo da pele. Mas também existem outros comprimentos de onda como o de 1470 nanômetros, que tem mais afinidade pela água, causando derretimento da gordura e estimulando a retração de pele; e o 1210 nanômetros, com uma afinidade pela própria gordura e pelos tecidos ao redor, ajudando a soltar a gordura sem destruí-la, podendo ser utilizada para enxertos no glúteo, na mama e na face”, detalha Amato.
Segurança
Mesmo sendo menos invasiva, o endolaser é uma cirurgia e sendo assim deve seguir protocolos de segurança. “Recentemente, vimos na mídia o caso de uma fotógrafa que optou pelo procedimento com uma biomédica sem equipe especializada e sem ambiente controlado para emergências e foi a óbito”, lembra Fernando Amato.
Portanto, aí vão algumas observações importantes que devem ser seguidas na realização de qualquer cirurgia plástica:
• O endolaser deve ser realizado por médico;
• O médico deve ter o cadastro ativo no Conselho Federal de Medicina;
• Certifique-se que o local onde será realizada a cirurgia está equipado para atender uma possível emergência ou se tem um hospital de resguardo para encaminhar casos que necessitem de uma unidade de terapia intensiva.