Esfoliação química e física: saiba as diferenças, benefícios e cuidados

Final de ano chegando e você quer dar aquela atualizada no skincare? Já falamos por aqui sobre limpeza facial, microagulhamento, os mais variados tipos de peeling e até técnicas de resfriamento da pele… Mas é possível recorrer a técnicas menos invasivas e que não precisam ser feitas, obrigatoriamente, em consultório.

As esfoliações química e física são alternativas que, assim como os exemplos citados, também têm a finalidade de promover uma renovação celular, mas com abordagens diferentes. Quem explica como cada uma delas funciona é a dermatologista Fernanda Porphirio.

Esfoliação química e física: o que são e quais as diferenças?

 

A médica destaca que, apesar de serem usadas com o mesmo propósito, elas são feitas com técnicas e ingredientes diferentes e, por isso, seus resultados também divergem. Ambas podem ser realizadas em casa, mas a médica orienta a fazer a esfoliação química apenas com “agentes químicos mais brandos, como o ácido glicólico em concentrações mais baixas”.

Esfoliação física

  • O que é: remove as células mortas da camada superficial da pele através da fricção de partículas granulares com o tecido.
  • Como é feito: cosméticos com ingredientes que contêm grânulos ou microesferas, que são friccionados contra a pele para estimular a remoção das células mortas. Em consultório, esse procedimento também pode ser feito com aparelhos de peelings de cristal ou diamante.
  • Resultado: melhora a luminosidade, viço e textura da pele.

 

Esfoliação química

  • O que é: utiliza substâncias irritativas, como ácidos ou enzimas, que vão agir na superfície da pele e estimular sua renovação através do contato – ou seja, não possui micropartículas.
  • Como é feito: hidroxiácidos, como AHA e BHA, são aplicados na superfície da pele e deixados em contato por tempo a ser definido de acordo com a substância utilizada e o resultado desejado. Além disso, é essencial considerar o nível de sensibilidade de cada pele, para evitar queimaduras.
  • Resultado: dependendo da substância utilizada, pode reduzir a aparência de manchas e rugas finas.

 

Periodicidade

 

Nos dois casos, isso vai depender de alguns fatores em comum: as substâncias usadas, a intensidade do tratamento e o tipo de pele. Geralmente, essa frequência varia entre uma vez por semana a uma vez ao mês, considerando peles ultrassensíveis e a potência do ácido.

Qual método é mais agressivo para a pele?

 

Segundo a médica, isso vai depender “do modo de aplicação, no caso dos esfoliantes físicos, e do tipo de substância, da sua concentração [de ácido] e do tempo de exposição, no caso dos esfoliantes químicos.”

Não confunda!

 

Esfoliação química e peeling são coisas bem diferentes: enquanto o primeiro é realizado com produtos que possuem substâncias em menor concentração e podem utilizadas diariamente, o segundo, geralmente, usa ácidos em quantidades mais altas.

Quem pode fazer?

 

Qualquer pessoa, desde que seja considerado as necessidades e cuidados que cada pessoa exige. Além disso, os dois métodos podem ser intercalados caso haja necessidade, mas Fernanda destaca que “é essencial ajustar a frequência para evitar irritação, sensibilização da pele” e, consequentemente, causar um efeito rebote.

“O tipo de esfoliação e a substância utilizada, no caso da química, precisam ser ajustadas para cada tipo de pele. A escolha vai depender exatamente disso e do resultado desejado”, explica Fernanda.

 

Cuidados e contraindicações

 

Ao contrário de técnicas como o peelingnão há restrições quanto à época do ano em que devem ser feitas as esfoliações. Os riscos também são parecidos: irritação, vermelhidão e sensibilidade a determinadas substâncias. Portanto, é importante consultar um médico antes de comprar qualquer produto!

Além disso, existem alguns cuidados pré-esfoliação. A dermatologista recomenda que o rosto esteja sempre limpo e que a pessoa evite longas exposições ao sol – já que isso deixa a pele mais sensível.

Durante o pós-procedimento, a exposição solar se mantém reduzida, sempre protetor, hidratante e, se necessário, um boné ou chapéu para reforçar a barreira.

Segundo a especialista, os esfoliantes físicos não possuem contraindicações, “apenas deve haver o cuidado de ser realizado mais suavemente em peles sensíveis”. Já para as esfoliações químicas, a lista de restrições inclui:

  • Pessoas grávidas
  • Alergias tópicas
  • Hipersensibilidade
  • Condições dermatológicas (como rosácea)

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