Com o passar do tempo, muitas mulheres escolhem adiar a maternidade. Essa decisão reflete avanços na medicina e o aumento da expectativa de vida, mas traz implicações importantes para os cuidados durante a gestação. Isso porque o envelhecimento natural dos ovários reduz as chances de gravidez.
Nesse sentido, alguns fatores como o aumento de alterações cromossômicas nos embriões e a queda na qualidade dos óvulos tornam-se questões desafiadoras para grande parte das mulheres. Por isso, existem algumas opções de tratamento como alternativas para minimizar os possíveis riscos.
Entre elas estão métodos personalizados e técnicas avançadas de fertilização in vitro (FIV). Essas abordagens são especialmente úteis para mulheres com baixa reserva ovariana ou óvulos de qualidade reduzida, aumentando as chances de sucesso na gravidez.
Além disso, protocolos modernos, como o uso de hormônio de crescimento e suplementos, têm mostrado bons resultados ao estimular a produção ovariana. Esses tratamentos não apenas aumentam a quantidade de óvulos coletados, mas também melhoram sua qualidade, oferecendo uma rede de possibilidades para mulheres que decidiram retardar a maternidade.
Métodos alternativos que auxiliam na gravidez
O especialista em medicina reprodutiva Arnaldo Cambiaghi, destaca que existem técnicas complementares que auxiliam na seleção de embriões, ampliando as chances de implantação e promovendo gestações mais saudáveis. Entre essas opções estão o Teste Genético Pré-Implantacional (PGT-A) e a incubadora com tecnologia Time-Lapse.
Além disso, procedimentos experimentais, como a reativação de “folículos dormentes” — que antes não produziam embriões de qualidade — e a recepção de óvulos doados, surgem como alternativas de sucesso para quem busca concretizar o sonho da maternidade.
Dicas para quem deseja engravidar após os 40 anos
- Exames de rotina: antes de iniciar as tentativas para engravidar, é fundamental realizar uma avaliação médica completa para identificar possíveis condições de saúde que possam impactar a gestação.
- Avaliação da reserva ovariana: com o passar do tempo, o número de óvulos capazes de produzir uma gestação saudável diminui. Isso porque as mulheres não produzem mais óvulos durante a sua vida, elas nascem com um número de óvulos definido que vai diminuindo até a menopausa.
- Análise genética do embrião: após os 40 anos, a incidência de síndromes cromossômicas é muito maior. Por isso, quando se realiza a análise genética do embrião em mulheres com mais de 40 anos, a gravidez é mais segura já que é possível garantir à mulher a máxima chance de ter um filho com uma condição genética ideal.
- Alimentação equilibrada: adotar uma boa alimentação e hidratação é essencial. A dieta mediterrânea pode ser uma opção, já que é rica em frutas, legumes, cereais integrais e gorduras saudáveis.
- Hábitos saudáveis: praticar exercícios físicos regularmente, como caminhadas ou ioga, melhora a saúde cardiovascular e o bem-estar geral. Evitar o tabagismo e consumo excessivo de álcool e cafeína também é importante.
- Acompanhamento médico: o pré-natal para essas gestantes requer atenção especial. Além disso, a avaliação da pressão arterial e dos níveis de glicose são fundamentais para prevenir complicações.
A maternidade após os 40 anos exige preparação. Sendo assim, é importante atentar-se aos cuidados adequados, tratamentos de reprodução assistida e acompanhamento médico. Dessa forma é possível ter uma gestação segura e bem-sucedida. “Cada etapa desse processo deve ser vista como parte de um projeto compartilhado, unindo a saúde, o bem-estar e o desejo do casal”, finaliza o especialista.