Esperma de salmão para pele? Entenda o que é, como funciona o tratamento e quais os riscos

Jennifer Aniston está chegando aos 55 anos de idade, mas com carinha de 40. Isso porque a própria atriz já revelou ser apaixonada por tratamentos rejuvenescedores: entre eles, um tratamento facial com esperma de salmão.

 

Isso mesmo: em entrevista para o “The Wall Street Journal”, ela admitiu que ficou intrigada com o procedimento e resolveu testar. Mas, apesar de ter experimentado, a atriz ainda tem dúvidas sobre a eficácia do tratamento.

 

Mas funciona mesmo?

Em entrevista ao gshow, Fabiane Brenner, dermatologista e membro da Diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), destaca que o procedimento feito por Jennifer Aniston é conhecido como PDRN (Polynucleotide DNA Repair) e não é permitido no Brasil.

 

“O sêmen de salmão, ou seu derivado, chamado de PDRN, está registrado na lista de produtos divulgados pela Anvisa como inadequado para uso cosmético. Nesta categoria, não é permitido o uso injetável na pele, apenas aplicação tópica”.

 

“É um tratamento usado na Ásia por décadas e foi aprovado para uso tópico no Brasil recentemente”, explica Natália Venturelli, médica dermatologista. “É um tratamento com poucos estudos realizados. Aqui no Brasil, ele foi liberado pela Anvisa apenas para uso superficial na pele, não pode ser injetado. Sendo assim, só pode ser utilizado na formulação de cremes, por exemplo.”

Dermatologista-chefe do departamento de Cosmiatria da SBD, Elisete Crocco explica que produtos com sêmen de salmão são desenvolvidos com o objetivo de melhorar a vascularização e estimular uma cicatrização mais afetiva.

 

Ela destaca que o PDRN tem bom efeito de síntese de colágeno e na melhoria de qualidade da pele, mas ressalta que o uso injetável não é permitido no Brasil: “É necessária a liberação para uso injetável, que apesar de já existir em outros países, não está vigente no Brasil”.

Médica especialista em estética, Luiza Paulo Filho explica que o método PDRN (Polynucleotide DNA Repair) consiste em fragmentos do DNA purificado e esterilizado extraído do esperma do DNA do salmão: “É um bio remodelador de colágeno que está ganhando destaque.”

 

“Os estudos mostram a indução da produção de colágeno e elastina, além de conseguir reduzir a inflamação, comum no processo de envelhecimento.”

 

Segundo a especialista, um dos grandes diferenciais do PDRN injetável, – feito por Jennifer Aniston nos Estados Unidos, onde o uso é permitido -, em relação aos outros estimuladores de colágeno, é o fato dele vir associado ao ácido hialurônico e a niacinamida.

 

Jennifer Aniston — Foto: Reprodução/Instagram

Jennifer Aniston — Foto: Reprodução/Instagram

Luiza explica que o ácido hialurônico é uma molécula produzida naturalmente pelo corpo que possui propriedades hidratantes e estimulantes de colágeno, porém, com o envelhecimento, sua produção reduz. A presença dele ao PDRN devolve a hidratação da pele.

 

Já a niacinamida é uma vitamina que, quando também associada ao PDRN, suaviza e clareia a pele, além de reduzir e equilibrar a produção de oleosidade. Desta forma, é uma excelente opção de estimulação de colágeno para pessoas com melasma.

 

“O PDRN associado ao ácido hialurônico e à niacinamida consiste num gel injetável que pode ser aplicado em diversas áreas do corpo, dentre elas a face, pescoço, colo e mãos. A aplicação é feita através de uma fina agulha que distribui o produto ao longo da região a ser tratada”, explica a médica.

 

Entre os benefícios da estimulação de colágeno pelo PDRN injetável, estariam a melhora da elasticidade e a textura da pele, redução das rugas, linhas de expressão, cicatrizes, produção de efeito lifting natural.

 

“O PDRN injetável possui propriedades bio regenerativas, cicatrizantes e anti-inflamatórias que promovem a regeneração de tecidos, formação de novos vasos sanguíneos, síntese de colágeno e revitalização da pele”, diz Luiza.

 

Além disso, ele auxilia na cicatrização de feridas e na melhora da aparência de estrias e celulite: “Esse tratamento foca na naturalização e aumenta a elasticidade da pele através da regeneração celular. Por se tratar de moléculas bioativas de alta compatibilidade com o DNA humano, o risco de reações alérgicas é raro.”

 

Enquanto aos resultados, Luiza ressalta que, por se tratar de medicina regenerativa, a resposta ao procedimento é individual: “O importante é gerenciar as expectativas.”

 

A médica explica que, a partir dos 25 anos em média, temos uma tendência a reduzir até 1% de colágeno ao ano: “Desta forma, a estimulação de colágeno de forma injetável desde esta idade contribuirá para a prevenção da flacidez, rugas e linhas de expressão ao longo do envelhecimento.”

Fonte: ghow

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