O que era para ser uma tarde comum terminou em tragédia no último sábado (19), em Cruzeiro do Sul. A bióloga Jéssica Souza dos Santos, de apenas 33 anos, perdeu a vida após ser atingida no pescoço por uma linha com cerol — mistura cortante feita com cola e vidro moído, usada de forma criminosa por quem empina pipas.
O caso aconteceu no bairro João Alves e deixou a comunidade em choque. A gravidade da lesão cervical provocada pelo cerol foi tamanha que Jéssica não resistiu aos ferimentos, morrendo no local.
Diante da gravidade do ocorrido, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Cruzeiro do Sul, instaurou uma Notícia de Fato Criminal e requisitou à autoridade policial a abertura imediata de inquérito, com prazo de 30 dias improrrogáveis para apuração dos fatos.
Entre as diligências determinadas pelo MP estão:
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Perícia técnica no local;
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Análise da dinâmica do acidente;
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Levantamento fotográfico;
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Coleta de imagens de câmeras de segurança;
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Elaboração de croqui da cena;
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Exame necroscópico completo, com descrição detalhada das lesões;
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Caso a linha seja localizada, será feita análise química e laboratorial para determinar o grau de letalidade do cerol.
A investigação também deve ouvir testemunhas, como moradores, socorristas, familiares e eventuais pessoas que presenciaram o momento do acidente. Se houver envolvimento de menores de idade, o caso será conduzido conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A morte de Jéssica acende mais uma vez o alerta sobre o uso criminoso do cerol — uma prática que mata e precisa ser combatida com urgência.