Concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera está mais de 50% acima do nível pré-industrial e vem atingindo patamares inéditos em 800 mil anos. Redução das emissões é vista como prioridade para conter a crise climática.
Se fosse preciso apontar um “grande vilão” da crise climática, ele estaria ligado aos combustíveis fósseis: carvão, petróleo e gás.
E o principal aliado desse vilão tem nome e sobrenome, ou melhor, fórmula: CO₂, o dióxido de carbono.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o CO₂ é responsável por cerca de 75% do aquecimento global registrado nas últimas décadas.
Isso porque é o gás de efeito estufa mais presente na atmosfera e, portanto, o que mais contribui para reter calor no planeta.
A concentração de CO₂ hoje está mais de 50% acima dos níveis anteriores à Revolução Industrial.
Em 2023, chegou a 420 partes por milhão (ppm) — marca que não era registrada há 800 mil anos.
O problema é que uma única molécula de CO₂ pode permanecer na atmosfera por séculos, mantendo o calor preso e influenciando o clima por muito tempo.
É esse “cobertor” que contribui para o derretimento de geleiras, a elevação do nível do mar e eventos extremos como secas mais severas e chuvas intensas.
Outros gases, como o metano (CH₄) e o óxido nitroso (N₂O), também têm efeito estufa e são mais potentes na retenção de calor, mas estão presentes em quantidades muito menores.
Por isso, para especialistas, reduzir as emissões de CO₂ é essencial para evitar o pior cenário da crise climática.
E isso passa por mudar a forma de produzir energia, investir em tecnologias sustentáveis e combater o desmatamento, que libera grandes volumes de carbono armazenado nas florestas.

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